quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Taxa de Riqueza do Pai Rico: calcule a sua!

Por Marcelo Angulo


Relação Preço / Lucro, Índice de Força relativa, reinvestimento de dividendos, Beta são algum dos termos que encontro com freqüência na seção de economia do jornal. E também com freqüência me encontro pensando que todos estes termos são importantes sim para um investidor; porém eu queria algo melhor, mais simples e direto: um índice para avaliar o dia a dia da minha vida financeira. Não é uma boa idéia?
Feita a introdução acima, o leitor pode imaginar minha reação quando me deparei com o seguinte trecho do livro “Aposentado Jovem e Rico” de Robert Kiyosaki: “Existem definições bem mais básicas e mais importantes (do que as pronunciadas por corretoras de investimentos) que você precisa conhecer se realmente está planejando se aposentar jovem e rico”. Pois bem, uma dessas definições é a Taxa de Riqueza do Pai Rico.
A Taxa de Riqueza do Pai Rico é muito simples: (renda passiva + renda de portfólio) / (despesas totais).
Renda passiva é aquela que você recebe sem trabalhar, por exemplo, a renda de aluguéis. Renda de portfólio é aquela gerada a partir dos seus investimentos, seja renda fixa, ações ou qualquer outro investimento. Resumindo, renda passiva e renda de portfólio são aquelas geradas a partir dos quadrantes D (dono) e I (investidor). Vale lembrar que a renda gerada nos quadrantes E (empregado) e A (autônomo) deve ser considerada como renda ganha e, portanto, não faz parte da Taxa de Riqueza.
Mas para que serve esta tal Taxa de Riqueza? O objetivo de calcular a taxa de riqueza é fazer com que a renda passiva e de portfólio se igualem ou excedam as despesas totais. Quando isso acontecer, você pode, por exemplo, sair do seu emprego (renda ganha) e manter o seu padrão de vida.
Um exemplo: se você ganha por mês 200 reais de renda passiva, 100 reais com seus investimentos e gasta durante o mês 1000 reais. Sua taxa de riqueza é (200 + 100) / (1000) = 0,3. Ou seja, você já começou, sua taxa já saiu do zero, mas você precisa melhorar, precisa alcançar e ultrapassar o “1”.
Kiyosaki conta que o monitoramento da taxa de riqueza mensalmente contribuiu de forma significativa para o seu sucesso financeiro: atualmente sua taxa de riqueza é de aproximadamente 12. Se você está pensando seriamente em se aposentar jovem e rico, torne a taxa de riqueza do pai rico parte da sua vida. Que tal começar hoje mesmo? É muito simples! Qual a sua taxa?
—————————–Marcelo Junqueira Angulo é administrador de empresas pela EAESP-FGV. Texto escrito tendo como referência bibliográfica os livros da coleção “Pai Rico, Pai Pobre” de Robert Kiyosaki. Se você achou este artigo interessante, visite www.amigorico.org

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Qual o seu porquê?

Qual o seu porquê? (texto escrito no início do ano)31/07/2006 por Marcelo Angulo

Outro ano começa e parafraseando Drummond, “tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui por diante vai ser diferente”. Aproveitando o contexto de início de ano e imaginando que dentre as resoluções para o próximo ano dos leitores deste artigo está o item “dinheiro”, pergunto “Qual o seu por quê? Por que você quer ficar rico?”
Uma resposta sólida para esta pergunta com certeza vai facilitar que o seu ano seja de fato diferente.No livro “Aposentado Rico e Feliz”, Robert Kiyosaki conta que era muito freqüente perguntarem a ele como ficar rico. Existem respostas possíveis para esta pergunta, porém, segundo pai rico, esta não era a pergunta mais importante. A pergunta mais importante é “por que” você quer ficar rico? Sem um porquê bastante sólido, as pessoas não fazem o que podem, é o porquê que dá o poder para fazer o “como”. Os porquês variam de pessoa para pessoa. Por exemplo, Kiyosaki cita como seus porquês: desafiar suas dúvidas pessoais, sua preguiça e sobretudo seu passado, não queria repetir o padrão de vida de sua família.
Outro exercício interessante sugerido pelo autor é o de listar o que você ama e o que você odeia. Se você deseja ficar rico, liste “por que você ama o que deseja, e por que odeia não ter o que deseja”. Na lista de Kiyosaki, o autor menciona como exemplos: amo “ser livre, comprar o que quiser e fazer com que outras pessoas façam o que não quero fazer”; e odeio “ter de trabalhar, não ter o que quero e fazer coisas que não quero fazer”.
São idéias, os porquês e as listas são únicas, meu porquê e minha lista com certeza serão diferentes dos exemplos de Kiyosaki. Vale aqui a idéia, defina seu porquê e a sua lista. É importante se preocupar com o “como”, mas logo no início do ano, antes de freneticamente começar a “caminhar na floresta”, aproveite para subir na árvore mais alta e refletir por que você deseja chegar ao outro lado. Assim sendo, meus sinceros votos de que tudo comece outra vez, com outro número e que daqui por diante seja diferente.
—————————–Marcelo Junqueira Angulo é administrador de empresas pela EAESP-FGV. Texto escrito tendo como referência bibliográfica os livros da coleção “Pai Rico, Pai Pobre” de Robert Kiyosaki. Se você achou este artigo interessante, visite www.amigorico.org.