quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Políticos literalmente no lixo

Políticos literalmente no lixo
No dia 16 de setembro de 2014, os telejornais mostraram um deputado sendo jogado numa caçamba de lixo por manifestantes na Ucrânia.
Isso ocorreu com o deputado de oposição “Vitaly Zhuravsky, um ex-membro do partido do presidente deposto Viktor Yanukovich,” antes de uma sessão no Parlamento ucraniano que aprovou um acordo entre a Ucrânia e a União Europeia e leis que davam tratamento especial a regiões controladas pelos separatistas, segundo descrição no sítio do G1 na internet, não ficou claro o motivo exato de tanta revolta.
Metaforicamente, nas conversas de boteco, entre amigos, colegas de trabalho, o brasileiro tem um desprezo aos políticos similar ao dado ao lixo. Mas ainda não tiveram situações literais como a ocorrida no país europeu.
Daqui por diante, os nossos representantes devem tomar cuidado de não se aproximarem de nenhum movimento popular onde existam as tais caçambas por perto, pois com o humor que a população anda e, pelo gosto com que se copiam as iniciativas alheias, não terão coletores suficientes.
Venho reiterando que os nossos parlamentares, executivos e gestores em geral deveriam utilizar uma linguagem, senão condizente, ao menos que se aproxime da realidade vivida.
No campo da saúde nada pode ser mais grave do que uma pessoa morrer num chão de hospital, sem socorro. Essa cena de tão repetida já nem choca mais a ninguém.
Na área da segurança pública, autoridades e formadores de opinião governistas costumam linchar os manifestantes por conta de algumas vidraças de banco quebradas, mas, até agora continuam voando agências inteiras pelos ares.
Responde-se com maquiagem de números e sonegação das quantias levadas. São as únicas iniciativas. O resultado é não haver mais lugar para se sacar uma mísera quantia depois das 20 horas. Os caixas 24 horas estão sumindo. Os ladrões e os roubos aumentando.
Assim, o ensino piorou em quase vinte estados, as estradas vão de mal a pior, somem as verbas para a construção de casas para vítimas de enchentes, os pichadores detonam as cidades por inteiro, as mordomias dos políticos continuam, temos os deputados mais caros do mundo.
Com tudo isso, quando a pessoa tem paciência para assistir a alguns minutos de horário eleitoral, só se ouve os candidatos à reeleição falar que nunca antes houve administrações melhores do que as atuais.
Não faltam recados de que a população está totalmente divorciada da classe política em geral, sem distinguir nem as boas exceções.
As constantes ocupações de prédios desocupados e de terrenos com queima de ônibus são provas incontestes de que passou da hora de nossos políticos tornarem a linguagem compatível com a realidade. Se não fizerem por bem, serão forçados a fazer e, neste momento, talvez torçam para serem apenas jogados numa caçamba de lixo.
Afinal, se mantiverem essa linguagem em descompasso com os fatos e às evidências é porque acham a população idiota ou sem discernimento e pagarão caro por isso.

Pedro Cardoso da Costa – Interlagos/SP
   Bacharel em direito

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Programas de governo

Programas de governo

Não podemos ser indelicados para dizer logo no título que não é lá “grande coisa”. Mas alguém precisa dizer, já que os analistas políticos e os jornalistas não falam com precisão e firmeza que não são tão importantes como querem fazer crer.
É comum se ouvir que isso e aquilo “está no nosso programa de governo”. Papel aceita tudo mesmo. Pelo que consta neles, suíços e noruegueses morreriam de inveja dos brasileiros.
Mas essas previsões programáticas deveriam ser mais bem analisadas pelos especialistas. A maioria dos que prometem nos seus escritos já são políticos há décadas e já têm um histórico de promessas descumpridas. Pelo que me lembro, Dilma garantiu 6 mil creches na campanha anterior. De vez em quando se falava quantas tinham sido construídas. Agora nas campanhas nem são lembradas. Parece ser proibido falar disso.
Geraldo Alckmin está no comando do estado de São Paulo desde 2001 e, com a naturalidade de uma debutante, faz várias promessas na sua campanha eleitoral. Nem a maior crise de abastecimento de água de sua história faz arrefecer a sanha de promessas do candidato, eterno governador.
Num comício no Nordeste eles prometem acabar a transposição do rio São Francisco que ninguém mais sabe a quantas anda. Assim, promete-se resolver todos os problemas de cada região, de cada grupo social, de cada comunidade e até de pessoas individualmente.
Não ponderam nem com relação às possíveis contradições. São capazes de prometer aos evangélicos que vão retirar todos os símbolos católicos de instituições públicas e, ao mesmo tempo, são capazes de garantir aos católicos não só a manutenção, como até a ampliação.
Todos são unânimes em defender implicitamente o direito à igualdade entre as pessoas, como se tivesse força para fazer algo contrário às regras constitucionais, mas ninguém defende o casamento entre pessoas do mesmo sexo de forma explícita. Colocam a matreira conversa de que são favoráveis à união estável, ao direito de herança dos bens, mas nunca a favor do matrimônio clara e objetivamente.
Outro exemplo crasso é dizer que vai diminuir carga tributária e aumentar a arrecadação. E não há quem questione com veemência essas contradições. Quando se procede dessa maneira, como fez os âncoras do Jornal Nacional, causa estranheza nas pessoas, indignação nos correligionários e expressões raivosas nos entrevistados.
Quando já foi prefeito, governador, presidente, quem já exerceu vários cargos e se candidata pela milésima vez, em qualquer outro lugar do mundo, não teria mais o direito de prometer. A cada promessa perderia alguns votos. Isso poderia ser feito pelos novatos.
Enaltecer o que está em programas é tão descompromissado e ingênuo quanto quem vota pelo que neles está escrito. Papel aceita tudo e não há prova maior do que as próprias leis que são letras mortas neste país e os programas de governo que são verdadeiros abortos prévios.

Pedro Cardoso da Costa – Interlagos/SP
   Bacharel em direito

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Início do trabalho de Dunga

Início do trabalho de Dunga
Certa vez escrevi que o voto mais caro do Brasil é o do presidente da República. À época, Lula saíra de Brasília somente para apertar uma tecla em São Paulo. Votou e voltou. Ninguém escreveu uma linha sobre quanto custou esse voto à sociedade.
Algo similar acontece com o anúncio da lista de convocados da seleção brasileira de futebol. Nesse caso, o dinheiro é privado. Nem por isso deixa de ser uma bizarrice gastar tanto sem nenhuma necessidade.
Os treinadores, atualmente radicados no Rio Grande do Sul, saem de suas casas, pegam avião e vão à sede da Confederação Brasileira de Futebol, no Rio de Janeiro, apenas para ler uma lista de nomes e conceder uma entrevista coletiva enfadonha para dar pancadas nos repórteres. Isso, quando se poderia apenas disponibilizar a relação no sítio da entidade na internet.
Fica por aqui a comparação. Daí por diante, cada um começa a sua falácia. A deste ensaio é a seleção e seus eternos “inícios de trabalho”.
Depois de milhares de quilômetros para ler uma lista, os convocados se reúnem num hotel de luxo. Uns dois ou três “rachões” coletivos são realizados, escolhe-se aleatoriamente os onze titulares e vão à cata de dólares para os cofres da Confederação.
Ao se aproximar as competições mais importantes, os portões e o aprisionamento dos atletas tornam-se as etapas indispensáveis ao sucesso do “trabalho”. Talvez a estratégia sirva para esconder que nada de prático efetivamente foi feito. Definem-se também quais os bonés, calçados, cortes de cabelo são permitidos.
Imprensa, treinadores, jogadores nunca sabem quais são as razões verdadeiras dos fracassos, porque não discutem antes. Uma Copa é perdida porque os atletas fazem o que querem; outra, porque não sabiam sequer cantar o Hino Nacional; depois, porque disputavam quem gritava mais alto. Tudo tolices infantis que passam ao largo das verdadeiras razões.
Falta de treino tático, de investimento em todo o território para descobrir e selecionar atletas; falta de seriedade em alguns momentos antes e durante os jogos.
Deve-se exigir que parem com aqueles passes laterais e improdutivos substituindo-os por outros em profundidade, para frente, mesmo que incidam mais em erros.
Treinar triangulações e deslocamentos. Atletas brasileiros nem buscam nem passam a bola em espaços livres. Proibir de passarem a bola para colegas em impedimento, e estes treinarem um dia inteiro para perceberem quando estão avançados.
Nada disso é feito nem exigido pela mídia brasileira, tão despreparada quanto os atletas. O novo treinador vai continuar gastando dinheiro, tempo e energia para vir ler uma lista no Rio, vai entregar coletes para fazer coletivos, escalar onze, que poderiam ser os outros que ficaram no banco ou de fora da convocação, já que há nenhum critério e continuar a história de que está desenvolvendo um trabalho de quatro anos para levar de sete da Alemanha.
Claro que não poderia faltar o oba-oba dos globais, liderados pelo mais conhecido deles. A vantagem de Dunga é que não dá a contrapartida da exclusividade, uma grande virtude do atual treinador.

Pedro Cardoso da Costa – Interlagos/SP
   Bacharel em direito

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Helcio Hime


Os Musicais

“FranKamente Sinatra” e “Elvis, Cantado & Contado” são musicais que contam a História dos mais importantes ídolos da música do século XX trazendo seus maiores sucessos reinterpretados Ao Vivo de forma arrebatadora por uma das mais belas vozes do século XXI!
Altamente Inovadores, fáceis de montar, geram muita mídia, Lotam onde se apresentam, e o Público Ama!
Revelam os verdadeiros Homens por trás dos Mitos, seus amores, temores, suas vidas interessantíssimas e super atribuladas, repletas de episódios curiosos e surpreendentes.
FranKamente Sinatra
Helcio Hime conta “Causos” incríveis sobre a vida de Frank Sinatra, o primeiro ídolo popular da história da música! Epsódios envolvendo celebridades como Marilyn Monroe, Presidentes Americanos, Paixões Avassaladoras, Chefões da Máfia e muito mais…
Alguns dos Grandes Sucessos fabulosamente cantados ao vivo neste aclamadíssimo espetáculo: “My Way”, “Strangers in the Night”, “Night and Day”, “Fly me to the Moon”, “Hello Dolly”, “Let me Try Again”, “All the Way”, “I´ve Got You under my Skin”, “The Girl from Ipanema”, “New York, New York” além de muitos outros hits.
Elvis, Cantado & Contado
Neste emocionantíssimo show, Helcio Hime conta histórias sensacionais sobre Elvis Presley e a forma como este grande ídolo revolucionou o mundo, criando o Rock N´ Roll e pela primeira vez na história dando voz à juventude. Os presentes inusitados que gostava de dar, curiosidades fantásticas, sua profunda religiosidade, as excentricidades, e seus vários estilos de música que passam por todos os gêneros .
Mega Sucessos são magistralemtne reinterpretados ao Vivo: “My Way” (onde Hime sustenta um incrível "Dó de Peito" por mais de 12 segundos), “Love me Tender” (ao Violão, emocionando a plateia), “That´s all Right Mama” (primeiro Rock de todos os tempos), Amazing Grace (mais famoso hino religioso de todos os tempos), “Suspicious Minds”, “Don´t Be Cruel”, “Can´t Help Falling in Love with You”, “America the Beautiful”, “You´ve Lost That Loving Feeling”, “Unchained Melody” (a música do filme Ghost que Hime faz tocando Piano), “Heartbreak Hotel” e muito mais!

 HELCIO HIME:
O Início da carreira meteórica de Helcio Hime como cantor ocorreu há pouco mais de 1 ano, em noite de Gala no Copacabana Palace, um dos mais prestigiosos palcos do mundo, com musical de sua autoria “Elvis Presley, Cantado & Contado”, sendo sucesso absoluto com imensa repercussão na mídia. Desde então tem se apresentado também com o show “FranKamente Sinatra” em locais como World Trade Center de São Paulo, Sheraton, Mon Plaisir, Pink Elephant, Estádio do SESC, novamente o Copacabana Palace, além de outros palcos de grande prestígio.
Lotou a Miranda, uma das maiores e mais prestigiosas casas de show do país.
Imenso sucesso também no Teatro Rival Petrobras (um dos mais tradicionais palcos cariocas com 80 anos de História)
Já está convidado para fazer a grande temporada de reinauguração do Miami Grand Theater, no Playboy Club (um dos mais importantes palcos dos Estados Unidos, onde cantaram ao vivo ninguém menos que Frank Sinatra e Elvis Presley) e apresentações em Cassinos de Macau e Las Vegas.
As histórias que HIME conta entre as músicas são um show em si: curiosas, divertidas, interessantíssimas! Além de um excelente divertimento é CULTURA pura! A interação com a plateia é total! Como Hime é poliglota, a parte falada do show pode ser feita em Inglês, Francês, Espanhol, Italiano ou Português.
Além de cantor de fortíssima presença cênica, HELCIO HIME é um artista, palestrante e empresário completo, também dança, atua, compõe, toca violão, piano, escreve, pinta e esculpe.
Ingressou na vida artística aos 8 anos ao fazer o seu primeiro papel na Rede
Globo. Fundou sua empresa aos 16 anos de idade (hoje uma das mais premiadas empresas de tecnologia do país).
Participa de diversas novelas da televisão, longa-metragens, mini-séries e peças de teatro.
Helcio Hime é o criador do conceito do “Stand-Up Musical”, onde um mesmo artista assina o texto, produz, canta, toca instrumentos, dança, atua e dirige.
Ganhador de vários prêmios, como a Homenagem Renato Russo de Ousadia e Arte e o prêmio de Literatura Hans Christian Andersen (do Governo Dinamarquês e da Academia Brasileira de Letras).
HELCIO HIME conquista o público a cada apresentação, arrebatando sorrisos, suspiros e lágrimas de sua plateia com toda emoção que transmite em seus shows.
O plateia se enriquece com o melhor da música e cultura.

OUTROS STAND-UP MUSICAIS DE HELCIO HIME:
HELCIO HIME in Concert
ELVIS PRESLEY, Cantado & Contado
FranKamente Sinatra
Elvis Sinatra – Os dois maiores cantores do século XX 
Música Francesa
Pérolas da Música Brasileira 
Origem do Rock N´ Roll 
Beginnings of American GOSPEL 
Good BROADWAY to You 
Sertanejo Americano – Country 
Jazz, Blues, Bossa Nova
Tangos de Gardel
Fado – Viva a música Portuguesa
Show Autoral (repertório próprio) 
Repertório sob-encomenda

Sites:
Frankamente Sinatra: 

Elvis, Cantado & Contado: 

Site Oficial do Artista: 

Contatos:
Telefones:
+ (55) (21) 2548-3508
+ (55) (21) 98881-4565 oi
+ (55) (21) 99617-6886 tim

E-mails:
qualidade@melhorainda.com.br

show@hime.com.br

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Primeiros passos para a delinquência...

Primeiros passos para a delinquência...
Como se formam os conceitos a gente nunca sabe ao certo. Conceito se constitui, não vem pronto. Perdurou, no Brasil, um tratamento às crianças como se fossem pessoas secundárias ou que não merecessem atenção. Por longo tempo, os relatos de agressões eram constantes, com surras impiedosas. Até hoje a criançada sofre nas mãos de alguns pais sem escrúpulos. Mas, antes, a sociedade aceitava com tranquilidade que os pais massacrassem seus pupilos, sem nenhum direito à reação, em nome do inquestionável pátrio poder.
Com a recente aprovação da chamada lei da palmada, a discussão sobre a agressão de pais voltou à tona, com grande parte defendendo esse direito. Para amenizar, passaram a chamar palmadinha. Qualquer tapinha, palmadinha é agressão; é violência. Ponto.
Com o passar do tempo, os pais mudaram da agressividade selvagem para a permissividade banal aos filhos. Foi uma longa caminhada de erros, compensações e muitas distorções.
Tornou-se clichê a frase "quero dar aos filhos tudo que os meus não me deram ou não tive". Também virou ditado popular a frase "não tenho um pai, tenho um amigo". Ótimo, não fossem relações diferentes. Por princípio, um bom pai necessariamente é um bom amigo. Quase sempre o desempenho desses papéis devem ser separados.
Houve tanta confusão nessa transição que o amigo se tornou sinônimo de cupincha, e o pai passou a ser pau-mandado.
O pai que obrigava o filho a ir à escola, agora deixa ir quando quer; deixou de exigir o respeito aos mais velhos – para a maioria, os mais novos não precisam de respeito; deixou a criançada substituir o senhor e a senhora por meu "veio" e minha "veia". Isoladamente, tratamento é secundário, mas é fundamental no conjunto da formação.
Estudar deve ser encarado como obrigação natural, sem as opções "querer ou deixar de querer". Não um convencimento meloso ou melancólico. Mas um trabalho voltado a valorizar o estudo e a aprendizagem desde criancinha. A criança se convenciona a ir ao colégio, assim como se escova os dentes, toma banho, sem o gostar ou desgostar.
Quando os pais, para serem amigos, deixam os filhos substituírem a escola pela rua, o dever pelo "videogame"; estão a caminho da conclusão dessa narrativa. Caso parem por aqui, formarão filhos mimados, sem referências, mal-educados, pessoas apenas desagradáveis. Somando-se outros poucos ingredientes, a delinquência está a um passo.
A essa altura os pais já estão totalmente dominados, a família logo será, os vizinhos se tornam incômodos e a gana de subjugar o mundo se torna a meta do bebê mimado. Nesse ponto a árvore está pronta, o caminho são as desculpas, as justificativas, a alegação de que deu tudo, mas se esqueceu de dar formação, o principal erro.
Como todo mundo tem acesso à internet, podem consultar alguns comportamentos que, em regra, intitulam de "como criar um delinquente". E sobre as diferenças de formação de filhos, o livro "Crianças francesas não fazem manha".


Pedro Cardoso da Costa – Interlagos/SP
    Bacharel em direito