Ao contrário de anos anteriores, o debate sobre a educação formal, do ensino, e, especialmente da qualidade tem tido espaço na mídia, com destaque na imprensa. Todos apontam as causas da baixa escolaridade, os efeitos da má qualidade e os benefícios trazidos pelo bom ensino, mas o problema perdura. Nem sequer o Brasil consegue extinguir o analfabetismo. A má qualidade e a baixa instrução do brasileiro, apesar de alcançar um bom espaço nos meios de comunicação, ainda deveria ter maior abordagem na imprensa e muito mais na televisão.
Todo dia o Jornal Nacional fala dos índices das bolsas de valores, dos mercados e das economias mundiais, mas passa semanas sem falar de educação, que poderia ter definido como critério falar ao menos uma vez por semana, regra a ser seguida por todos os programas de televisão e de rádio.
Tem aumentado o debate sobre o tema, e isso parece trazer uma certa acomodação às autoridades e à sociedade em tentar solucionar o problema de uma vez por todas. Mas, dentro da amplitude que é o tema educação, a leitura sofre de um descaso maior, que traz como resultado o pouco hábito de leitura ao brasileiro, em comparação aos países desenvolvidos. Pesquisa recente do Ibope mostrou a diminuição da leitura de livros em 2011, comparado com o ano de 2010, com uma piora do que já era ruim. De acordo com a pesquisa a redução da leitura foi medida até entre crianças e adolescentes, que leem por dever escolar. Em 2011, crianças com idades entre 5 e 10 anos leram 5,4 livros, ante 6,9 registrados no levantamento de 2007. O mesmo ocorreu entre os pré-adolescentes de 11 a 13 anos (6,9 ante 8,5) e entre adolescente de 14 a 17 (5,9 ante 6,6 livros).
Para estimular a leitura, uma das boas iniciativas do governo federal foi aprovar a Lei 12.244 em 2010 com previsão obrigatória de uma biblioteca em toda escola. Como parte dos defeitos que fazem perdurar os problemas, a lei é frouxa ao permitir que essa obrigação seja cumprida no prazo máximo de 10 anos.
Apesar de serem poucas as iniciativas oficiais de incentivo à leitura, o problema se agrava pela omissão da iniciativa privada, por não apresentar nenhuma ação incentivadora. O Banco Itaú se torna uma ilha de exceção nesse mar de omissão. Por ano, o banco vem fornecendo uma coleção de 3 a 4 livros infantis gratuitamente. Os livros são entregues no endereço fornecido pelo solicitante, já com todas as despesas de correios pagas. O objetivo desse texto é exatamente levar expandir o conhecimento dessa medida, pois falta uma divulgação mais ampla. Para fazer o pedido, gratuitamente, basta acessar o site que dá título a este texto: www.lerfazcrescer.com.br e clicar sobre o ícone “peça sua coleção”. Como diz uma frase no mesmo site, a cada livro, o Brasil inteiro vira uma página.
Pedro Cardoso da Costa – Interlagos/SP
Bacharel em direito
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